A COTOVIA E SEUS FILHOTES
Adaptação: Nicéas Romeo Zanchett
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A cotovia tinha feito o seu ninho num campo de cereais. Lá depositou seus ovos e nasceram lindos filhotinhos.
Numa certa manhã, antes de sair à procura de comida para os seus filhinhos, recomendou-lhes que ficassem sempre alertas, e que escutassem tudo o que o lavrador, dono daquele campo semeado dissesse, para lhe contar quando voltasse.
E la´se foi a cotovia voando feliz. Quando voltou os pequenos lhe contaram que o lavrador tinha passado por ali com seu filho e que combinaram chamar os vizinhos para colher (ceifar) o trigo.
- Então, disse a cotovia mãe, ainda não há perigo.
No dia seguinte as cotoviazinhas contaram que o lavrador tinha passado de novo por ali com seu filho e lhe determinou que fosse chamar os primos para ajudá-lo ceifar o trigo.
Mesmo ouvindo isso, a cotovia mãe continuava acreditando que ainda não havia perigo.
No terceiro dia, os filhotes contaram à mãe que tinham ouvido o lavrador combinando com o filho para eles mesmos ceifarem o trigo.
Ah, sim? interrogou a prudente mão cotovia; então é chegada a hora de sairmos daqui. Eu já sabia que nem os vizinhos nem os parentes do lavrador o ajudariam na tarefa; mas se ele mesmo vai ceifar o trigo, então não temos outra saída senão mudarmo-nos para outro campo.
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Moral da história: É melhor fazer do que pedir favor a alguém.
Nicéas Romeo Zanchett
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Espero que o autor ainda esteja vivo, mas este é o único conteúdo que encontrei para compreender uma citação feita por Bernardo Guimarães no livro O Seminarista. Cujo o nome é "A Calhandra e seus Filhotes"
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